Foi inaugurada, sexta-feira, 18, no Super fácil Zona Oeste, em Macapá, a primeira unidade no estado, do Programa de Microcrédito Urbano Amazônia Florescer, uma parceria do Governo do Amapá com o Banco da Amazônia.  Na ocasião, foi oficializada a liberação de crédito para o grupo solidário, formado por três microempreendedoras, o primeiro a ser contemplado com o serviço.

As contempladas, Rosinete de Jesus da Costa, Maiara Valéria Barros e Charliane da Costa Garcia, atuam nos segmentos de confecções e cosméticos. Elas firmaram parceria para conseguirem manter o próprio negócio. Nesse primeiro momento, cada uma vai acessar R$ 800, para investimento em estoque.

Rosinete tem uma pequena loja no Distrito do Coração, mas, também, vende em domicílio, assim como as parceiras. Para ela, todas ganham, e se ajudam, fiscalizando o trabalho coletivo e cumprindo com a parcelas do empréstimo.

“Essa oportunidade veio para alavancar as nossas vendas, pois, nunca tivemos nenhum suporte financeiro com tanta facilidade”, comemorou a microempreendedora.

O governador em exercício do Amapá, Jaime Nunes, presente à inauguração, destacou a importância de fornecer suporte ao micro e pequeno empreendedor.

“O pequeno negócio é que fortalece a economia, gerando emprego e renda, e trazendo melhoria social. Esse é o caminho para o desenvolvimento do Amapá”, afirmou Nunes. 

Crédito rápido e seguro

Socorro Leite, presidente da Associação do Microempreendedor Individual (Amei), falou que a facilidade de acessar o crédito é um verdadeiro escape para os empreendedores informais, que, para manterem os negócios, muitas vezes, recorrem a empréstimos com pessoas físicas, com cobranças de juros altos.

“A agiotagem, além de ser ilegal, faz com que, quem busque por esse recurso, fique refém das taxas de juros altamente elevadas. Infelizmente, essa prática ilegal é comum no estado, mas, com todo esse apoio dado aos nossos empreendedores, acredito que será combatida pela segurança e facilidade do crédito solidário”, aposta Socorro.

Para a deputada estadual Marília Góes, autora do projeto Caminho Empreendedor, que estimula o empreendedorismo feminino por meio de ações de educação empreendedora e linhas de financiamentos, oferecer linhas de créditos é uma das melhores maneiras de incentivo.

“A grande maioria das mulheres busca empreender, por necessidade financeira, para ajudar a manter a casa. Mas, por meio da educação empreendedora, e, deste tipo de suporte ofertado, o nosso desejo é de que elas vejam o empreendedorismo, não apenas por necessidade, mas, como uma oportunidade de melhorar a própria qualidade de vida e também das pessoas ao seu redor”, avaliou a deputada. 

Também participaram do evento de inauguração, Luiz Lourenço Neto, superintendente regional do Banco da Amazônia no Pará e Amapá; Iraçu Colares, presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae no Amapá (CDE); Marciane Santo, diretora técnica  do Sebrae/AP; Raimundo Simão, presidente da Federação das Entidades de Empreendedores Individuais, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Comércio e Serviços do Estado do Amapá (Femicro/AP), Socorro Leite, presidente da Associação do Microempreendedor Individual (Amei), Tânia Maria, diretora-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá); Luzia Grunho, diretora-geral do Super Fácil, e técnicos. 

Programa Amazônia Florescer

A iniciativa é uma parceria entre o Governo do Amapá, através da Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá) e o Banco da Amazônia, com o objetivo de ampliar as oportunidades de geração de emprego e renda no estado.

A linha de microcrédito operacionalizada é de R$ 300 a R$ 21 mil, com o uso da metodologia do Programa de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO). Entre as atividades aptas para crédito, estão: comércio, manicures, feirantes, armarinhos, mercearias, sorveterias, frutarias, salão de beleza, costureiras, consertos de sapatos, entre outros.

Além de recurso para a compra de ferramentas, máquinas e equipamentos, realização de pequenas reformas e ampliações e instalações do negócio, o Banco da Amazônia ainda oferece capital de giro em Grupo Solidário para compra de insumos, matéria-prima e mercadorias para grupos solidários com atividades de ciclos.

O superintendente regional do Banco da Amazônia no Pará e Amapá, Luiz Lourenço Neto, explica que de 3 a 10 pessoas podem formar um grupo solidário para ter acesso ao crédito.

“O valor do crédito vai crescendo para os empreendedores que mantiverem a quitação das parcelas em dia”, informou Neto.

Para ter acesso ao crédito solidário, o empreendedor deve ir até o Super Fácil Zona Oeste, na unidade do Banco da Amazônia, apresentar cópias do CPF, RG e comprovante de residência. Ele precisa desenvolver a atividade empreendedora há pelo menos um ano.

O prazo para pagamento do crédito é de até 12 meses, com taxa de juros compatíveis ao mercado de microcrédito. Quanto a garantia, é exigido o aval solidário.

O Espaço do Empreendedor fica localizado no Super Fácil Zona Oeste, na Rodovia Duca Serra km3, no 887, bairro Cabralzinho.