Representantes da Empresa de Energia Solar de Minas Gerais (Minasol) - Painéis Fotovoltáicos estiveram na Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá) para tratar da implantação da fábrica de painéis solares para atender demanda de energia renovável nos mercados interno e externo do Estado. Há seis anos atendendo várias regiões do país, a empresa encontrou no Amapá novas oportunidades mercadológicas e logísticas para exportação.
Além de amplo mercado, localização estratégica no mapa e incidência solar na Linha do Equador, os benefícios fiscais da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana e da Zona Franca Verde foram os principais atrativos para que os empresários da Minasol optassem por se instalar no Amapá.
Durante reunião com a diretora-presidente da Agência Amapá, Tânia Maria, os empresários Cleverson Rosa e Carlos Braz, acompanhados do diretor comercial Abdias Pontes e da engenheira bioenergética Paula Fernandes, explicaram que a Minasol vê o Estado do Amapá como grande potência para os negócios. Eles afirmaram que a implantação no Distrito Industrial vai gerar cerca quinhentos novos postos de empregos diretos e indiretos, que devem contribuir, significativamente, para o fomento da economia local.
“O Amapá é uma potência em crescimento e a Minasol já tem grandes demandas no Estado. Neste sentido, queremos aproveitar as vantagens da política de industrialização aqui desenvolvida e alinhar com a vontade do cliente de fugir dos altos preços da energia elétrica. Com a implantação da indústria iremos gerar novos postos de emprego e contribuir para o fomento da economia amapaense”, destacou Cleverson.
Ainda de acordo com Tânia Maria, o Amapá estará sempre disposto a contribuir com a implantação de indústrias que venham, não só fomentar a economia como gerar emprego e renda, mas também ofertar alternativas que facilitem a vida do povo amapaense.
“Estamos atentos a tudo que possa contribuir de forma significativa para desenvolver o Amapá. Energia solar é um serviço que vem crescendo e trazendo alternativas de economia para a população, e o caminho é este: ofertar propostas que atraiam investidores que façam, de fato, o crescimento acontecer”, salientou Tânia Maria.
Segundo os empresários, a primeira instalação da Minasol no Amapá será nos próximos 30 dias: uma miniusina de energia renovável com capacidade para produzir 38.500kwh/mês, o maior empreendimento de energia renovável já construído no norte do país, segundo os donos da empresa, Cleverson Rosa e Carlos Braz.
Quadro atual
Ainda são poucos os prédios públicos e residências no Amapá que utilizam a energia solar. Com o incentivo do governo estadual, a expectativa é de que mais unidades consumidoras adotem o novo modelo de geração de energia. No ano passado, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) aprovou a criação de linhas de crédito, pelo Banco da Amazônia, para sistemas fotovoltáicos residenciais. A proposta foi feita pelo governador Waldez Góes, em 2017, durante o Fórum dos Governadores em Porto Velho (RO).
BNDES
Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou mudanças no Programa Fundo Clima. A partir de agora, no subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes, pessoas físicas terão acesso a financiamentos para instalação de sistemas de aquecimento solar e sistemas de cogeração (placas fotovoltáicas, aerogeradores, geradores a biogás e equipamentos necessários).
Trata-se de mais uma ação do BNDES para incentivar o cidadão brasileiro a investir em sustentabilidade e economia de energia. Os recursos poderão ser contratados em operações indiretas somente por meio de bancos públicos.